Muita gente ainda tem dúvida se está ou não em um relacionamento abusivo, mas como reconhecer se você realmente está em um relacionamento abusivo? Existem duas formas, uma delas é analisar o comportamento da pessoa para saber se trata-se de uma pessoa manipuladora e a outra forma é em se colocar em primeiro lugar na relação.
Já teve uma conversa e simplesmente não entendia o que o parceiro estava dizendo e se sentindo errada? Já ouviu “você é louca” ou “isso é coisa da sua cabeça”? Seu parceiro quer controlar sua vida e suas escolhas? Já ouviu “nunca ninguém vai te amar além de mim”, ou “Você nunca vai encontrar alguém que goste de você? Ele não reage bem as suas conquistas? A culpa sempre é SUA por ele ser agressivo? Ele diz que você não precisa de contato com amigos e familiares? Ele tenta te diminuir principalmente na frente dos outros? Ele controlar o que você faz, com quem vai, que roupa/maquiagem você usa?
A pessoa abusiva quer estar sempre no controle do relacionamento e ela pode apresentar os seguintes comportamentos:
- Abuso emocional;
- Agressões verbais;
- Perseguição (stalker);
- Abuso econômico, em que controla o dinheiro da vítima ou a impede de trabalhar e estudar;
- Abusos físicos (violência física) e comportamentos agressivos como chutar portas, esmurrar objetos etc.;
- Ameaças;
- Agressão sexual ou violência sexual.
Cuidado! São sinais de uma pessoa manipuladora e que pode estar abusando de você emocionalmente. Isso vale para as duas partes, tanto para o homem como para a mulher.
Se você se identificou com os sinais, procure ajuda! Seja de amigos, seja de um profissional. E se você se sente preso ou presa, não se desespere. Se você chegou ao ponto de se afastar de quem você ama, volte. Abra seu coração, explique sua situação e peça ajuda.
Eu sei que não é fácil aceitar essa situação, mas quanto mais tempo mais e mais tempo vamos aceitando, pior a pessoa se sente, e mais no fundo do poço ela chega. Mas é importante que você seja honesta com você mesma, mesmo que isso seja muito difícil e doloroso, analise e veja se esse relacionamento é saudável. Sempre pense em todas as vezes como ele faz você se sentir, é bom ou é ruim?
A pessoa que entra e permanece em um relacionamento abusivo, normalmente, faz isso pela fragilidade de sua estrutura (insegurança é um dos fatores – veja aqui o post sobre insegurança), e só se liberta quando consegue forças para buscar ajuda. Alguns pensamentos, como “relação é assim mesmo”, “eu vou mudar o outro”, “tenho minha parcela de culpa”, “ele prometeu que vai mudar”, “não posso desfazer uma família”, “todos vão me julgar”, entre outros, contribuem para que você insista nesse relacionamento.
Como enfrentar a situação? Uma das soluções é o abusador passar por um processo de terapia (psicólogo, psiquiatra ou psicanálise) por um longo período de tempo, pois esse comportamento está na estrutura do indivíduo, e somente com um processo terapêutico é capaz de haver uma melhora.
A outra saída, é realmente a separação. Uma vez que a pessoa tenha conseguido sair da relação, o abusador pode pedir perdão e fazer promessas comoventes, mas infelizmente é em vão, caso não haja um plano de ação para que a pessoa melhore e evolua como ser humano.
Muitas mulheres entram em relacionamentos abusivos pela insegurança, carência e medo de ficarem sozinhas. É importante cuidar da causa do problema, que no caso, seria o fortalecimento emocional, a busca de autoconhecimento, desenvolver a sua inteligência emocional, para te ajudar com o término e também com a sua insegurança para que você não viva relacionamentos abusivos.
Quando nos conhecemos, entendemos nossas emoções, nossa historia, quem realmente somos, nós consequentemente acabamos sabendo melhor quais são os tipos de pessoas que conseguimos lidar, e quais tipos de pessoas não conseguimos.
Além disso, trabalhe o máximo que puder na sua autoestima. Pense nas suas qualidades, no que te faz especial. Conhece-te a ti mesmo!
Nunca se esqueça: você merece ser feliz! Acima de tudo, nunca desista. Sua felicidade está em suas mãos. Você é um ser completo e deve estar com alguém que pode ser completo com ou sem você.
Com amor,
Marselha Palermo